Período de experiência: manual rápido para empregadores
Quando uma loja contrata um funcionário, ela pode exigir o cumprimento de um período de experiência. Embora essa etapa seja comum, muitos gestores acabam não aproveitando completamente, deixando passar oportunidades.
O período acontece logo no início do vínculo entre um vendedor e o estabelecimento. Por isso, ele ajuda os envolvidos a compreenderem o que esperar dessa relação, como ela se dará, suas necessidades e limitações.
O momento experimental da relação empregatícia é estratégico para sua loja. Você tem dúvidas sobre ele? Continue lendo e veja informações sobre o período de experiência!.
O que é período de experiência?
O período de experiência é um momento para que o vendedor e o lojista se conheçam. Ele é como um teste drive da contratação, auxiliando os envolvidos a entender se a relação de trabalho tem chances de sucesso.
Por exemplo, uma pessoa com um currículo admirável não necessariamente será uma boa vendedora. O empregado pode falhar no atendimento, nas técnicas de venda ou não se enquadrar na cultura empresarial. Portanto, a etapa experimental permite avaliar como o vínculo funcionará, na prática.
Como o período de experiência funciona e quais são suas regras?
A legislação trabalhista permite que o período de experiência dure até 90 dias, podendo ser dividido em um contrato inicial e uma prorrogação. Somadas, ambas as fases não devem ultrapassar esse limite.
O empregado em experiência tem todos os direitos trabalhistas, como:
- salário e comissão;
- horas extras;
- vale-transporte e alimentação ou refeição;
- eventuais adicionais (insalubridade, periculosidade, noturno);
- registro em CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social).
Finalizado o período do contrato de experiência, ele pode se converter em vínculo por tempo indeterminado e a relação trabalhista continua. Agora, se as partes não tiverem interesse em manter o laço empregatício, ele é rompido e as verbas rescisórias são pagas pelo empregador.
Elas variam conforme o tipo de rescisão — confira na tabela!
| Situação | Verbas rescisórias |
|---|---|
| Pedido de demissão durante a experiência | Salário Férias proporcionais com adicional de ⅓ 13º salário proporcional Se houver cláusula nesse sentido, o trabalhador indenizará o empregador |
| Pedido de demissão ao final do contrato | Salário Férias proporcionais com adicional de ⅓ 13º salário proporcional |
| Dispensa sem justa causa durante a experiência | Salário Férias proporcionais com adicional de ⅓ 13º salário proporcional FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) com multa de 40% Se houver cláusula nesse sentido, o empregador indenizará o trabalhador |
| Dispensa sem justa causa ao final do contrato | Salário Férias proporcionais com adicional de ⅓ 13º salário proporcional FGTS |
Como aproveitar o período de experiência?
O período de experiência permite ao lojista entender se o novo funcionário se adapta à rotina da loja e ao que se espera dele, como visto. Para aproveitar esse momento, é importante seguir práticas, como:
- estabelecer metas claras, responsabilidades e comportamentos esperados;
- oferecer treinamento para vendedores;
- observar como o colaborador lida com as regras, rotinas e clientes;
- manter o diálogo, com troca de feedbacks e ajustes necessários;
- avaliar a integração com a equipe de vendas;
- acompanhar a evolução, identificando o potencial de crescimento.
Essas ações tornam a decisão final mais segura, evitam desligamentos precoces e reduzem os custos da rotatividade. Assim, você consegue identificar vendedores que realmente somarão à loja, crescendo com o estabelecimento.
Neste conteúdo, você aprendeu o que é o período de experiência e como ele funciona. Conforme visto, esse momento oferece às lojas contratantes a chance de conhecer melhor os profissionais e investir naqueles com potencial de contribuir com o crescimento.
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